"No começo, você deve escrever levado pelo vento, até sentir
que está voando. A partir daí, o ritmo e a atmosfera se desenham
sozinhos. É só seguir o vôo. Quando você achar que chegou aonde
queria chegar é que começa o verdadeiro trabalho: cortar, cortar
muito. Em literatura pode-se mentir; o que não se pode é falsificar.”
Quem disse isso foi o Juan Rulfo, escritor mexicano autor do
livro "Pedro Páramo", que tive a oportunidade ler recentemente.
Pedro Páramo me fez descer numa viagem pela estrada poeirenta
de uma montanha e me levou ao México profundo. Escrito com
uma sensibilidade inimaginável, Pedro Páramo comove pela pureza
extrema. Garcia Marquez disse, certa vez, numa entrevista, que
considera este livro uma das mais importantes peças literária da
América Latina. Juan Rulfo é o precursor do Realismo Mágico.
Influenciou toda uma geração de escritores, entre outros, Garcia Marquez, Júlio Cortazar e Jorge Luís Borges. Escreveu apenas dois livros: O Chão em Chamas e Pedro Páranamo, e colaborou com Garcia Marques e Carlos Fuentes em alguns roteiros para cinema. É um espetáculo! Veja neste link uma breve entrevista de Juan Rulfo.